Qual a diferença entre a celebração da Páscoa no Oriente para o Ocidente?
A festa da Páscoa, seja ela cristã ou judaica, é tida como uma das mais esperadas celebrações do calendário religioso, talvez seja uma das únicas festividade em que o calendário cristão esbarre no calendário hebreu e/ou vice versa.
Ao longo da história da cristandade, é indubitável que o Ocidente desenvolveu uma tradição muito forte na celebração desta festa, a Igreja Católica, soube bem dar uma nova tradução a Páscoa, e dar um significado mais compreensível aos fies ocidentais.
Mas, você já parou para pensar, que embora a páscoa cristã seja celebrada quase que nos quatro cantos do mundo, somente em um local ela não tem o mesmo sentido? Sim, no Oriente, por lá a Páscoa é celebrada em um sentido totalmente diferente.
Pois é, para responder o motivo disso, é preciso voltarmos um pouco no tempo, resgatar o significado original da Páscoa, voltar em 33 d.C, ou na Jerusalém de 2019 anos atras. Nessa época, assim como para boa parte dos judeus de hoje, o chamado “Pessach“, nada tinha haver com ressurreição, bacalhau, coelhos e ovos de chocolate. Pelo contrário, as refeições dessa celebração era de doer a barriga, e assim como hoje, entre os judeus, só se comia pães ázimos e todo alimento sem fermento.
Quando Jesus Cristo morre crucificado no ano 33 d.C., seus discípulos tomaram a missão de continuar o seu ministério sobre a terra, evangelizando e espalhando sua boa nova. Essa Igreja do primeiro século, conservou o sentido original da festa da Páscoa, de modo que, para boa parte dos cristãos orientais de hoje, ela conserva o mesmo sentido da Páscoa judaica, a final, o nome desta celebração é Pessach, que da língua hebraica significa “libertação“.
Compreende-se então, que a diferença não está em como celebrar, nesse sentido o mundo cristão é igual, Jesus é a essência. A diferença está precisamente no sentido, ou no significado religioso da festa, que, enquanto o Ocidente apega-se a teologia da ressurreição, os cristãos orientais conservam o sentido original da festa, isto é, a libertação, mas não de um povo, como no caso dos judeus, e sim do pecado, do vício e da morte, justificado pelo mérito de nosso senhor Jesus Cristo.
Para os cristãos orientais a teologia da ressurreição perde espaço para a teologia da libertação. No Oriente mais vele ser livre ou libertado, que morrer e ressuscitar. Para boa parte dos cristãos orientais, a ressurreição foi um fenômeno divino, sem dúvidas, mas não o bastante para perder o sentido essencial da morte de Jesus, nos libertar de si mesmo!
Fonte: https://portal277.wordpress.com/